O grande filósofo romano Lucius Sêneca, adepto da corrente de pensamento conhecida como estoicismo, disse: “Tudo na vida é emprestado”. A casa que achamos que é nossa, as posses que pensamos ter, até a família que achamos construir, tudo isso terá que ser devolvido, em algum momento.
Lembro-me de um soneto de William Shakespeare, que começava com “All the world is a stage”.
O mundo é um palco,
e os homens e mulheres, meros atores,
Eles têm suas saídas e entradas.
Algumas pessoas nascem como o rei. Todas as posses, regalias, poder de mandar na vida de outras pessoas.

Outras pessoas nascem como cavaleiros, vilões, alguns como magos, hobbits e elfos.
Outros como meros camponeses, desprovidos de tudo. Alguns outros, como o Bobo da Corte.

Depois de encenarem a peça, os atores devolvem o personagem e voltam para casa.
Até o dia que começarem outra peça, onde o bobo da corte pode ser o rei, e o rei, o bobo da corte…
All the world’s a stage,
And all the men and women merely players;
They have their exits and their entrances,
And one man in his time plays many parts,
His acts being seven ages.