Reflexões sobre inovação, após vários trabalhos participando, executando, tentando mudar… A maioria das frases é óbvia, porém, é mais fácil falar do que fazer.
Inovar por inovar não quer dizer nada. O objetivo final deve ser agregar valor de verdade ao processo, produto ou serviço. Se não agregar valor, serão apenas palavras bonitas que todos querem ouvir.
Ter ideias é relativamento fácil. O gargalo está na execução: desenvolver as ideias, fazer acontecer de verdade, os 99% transpiração x 1% de inspiração de Thomas Edison.
Inovação pode ser algo tão pequeno quanto uma mudança simples no processo. Não é necessariamente ligado a tecnologias ou empresas futurísticas.
Erre sempre. Mas os erros devem ser pequenos e rápidos. O erro nunca pode ser fatal. E, obviamente, devemos aprender com os erros, corrigir a rota para o resultado final. Erros são inerentes ao processo de inovação. Neste sentido, gosto muito do conceito de prototipagem rápida do Design Thinking. O protótipo é uma forma simples, rápida e fácil de testar conceitos, serve como um MVP (minimum viable product).
A inovação está nos olhos de quem sente. Pode ser algo conhecido no mundo todo, mas se melhorou o processo da pessoa, é uma inovação para ela.
Quase nenhum grande invento veio de um inovador solitário. Normalmente, são redes de inovação: muitas pessoas, trabalhando em vários aspectos da cadeia de suprimentos ao mesmo tempo. Até mesmo o exemplo da lâmpada elétrica, que é atribuída a Edison, na verdade contou com centenas de colaboradores, um network de inovação.
Somente as inovações dentro do possível adjacente são possíveis. São aquelas que estão na fronteira, à sombra, do que já existe atualmente e do que temos domínio. Estão a apenas um passo de onde estamos – não tente dar um passo maior do que a perna, ou dois passos de uma só vez.
O computador eletrônico já tinha um protótipo, 100 anos atrás, construído por Charles Babbage. Mas de nada adiantou, já que não existiam fornecedores, nem técnicos. A ideia tem que estar madura para ser colhida.
Uma forma de ter boas ideias é ter muitas ideias, e um network que consiga filtrar, discutir e melhorar as mesmas.
O inesperado é uma grande fonte de inovação. Se esperávamos um comportamento, e na prática encontramos outro, esta pode ser uma grande fonte de oportunidade. Um fracasso inesperado, um sucesso inesperado. Ao invés de tentar justificar o que deu certo ou errado, devemos aproveitar a oportunidade que se abre.
Peter Drucker lista sete fontes de inovação:
- Inesperado
- Incongruências
- Necessidades de processo
- Estruturas da indústria e mercado
- Mudanças demográficas
- Mudanças na percepção
- Conhecimento novo
Algumas fontes:
· De onde vêm as boas ideias, Steven Johnson
· Inovação Operacional – Robson Quinello
· Innovation and Entrepreunership – Peter Drucker
Perfeita a sua colocação sobre inovar, precisamos sempre colocar em prática e buscar a melhoria em cada processo de nossas rotinas ou mesmo do amigo ao lado!
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