Amor Fati é um dos conceitos mais interessante do filósofo alemão Friedrich Nietzsche.
Significa, simplesmente, “Amor ao destino”. Amar a sua vida, hoje, agora, do jeito que ela é, e não do jeito que você gostaria que fosse.

Estoicismo
A fórmula do amor fati é semelhante aos pensamentos do Estoicismo, escola de pensamento greco-romana.
“Não procure que tudo aconteça como você deseja, mas sim que tudo aconteça como realmente deve acontecer – então sua vida será serena”.
O único momento da vida que realmente vivemos é o agora. O passado já foi, o futuro não existe ainda.
Então devemos aceitar tudo?
Há um questionamento recorrente à este tipo de filosofia. Devemos então aceitar passivamente a nossa vida, sem questionar e sem querer mudar nada?
Sobre este ponto, gosto da visão de Nassim Taleb, dos livros Cisne Negro e Antifrágil.
Ele cita que o filósofo antigo Sêneca era bastante criticado. Por um lado, ele pregava o estoicismo. Por outro lado, ele ocupava posição importante na política e não se refreava em desfrutar do melhor que o dinheiro poderia comprar.
Taleb argumenta que Sêneca era antifrágil. Se a vida dava a ele condições, por que não a aproveitaria? Se ele viesse a perder tudo o que tinha, ele simplesmente daria de ombros e continuaria a tocar a vida daquele ponto em diante, sem ficar lamentando a má sorte e as agruras do destino.
Sêneca era, portanto, um praticante do Amor Fati.
“Lembre-se que tudo que temos nesta vida está emprestado para nós pelo Destino. Este pode reaver tudo sem nos avisar. Portanto, devemos amar nossos entes queridos, mas sempre lembrando que não há promessa que podemos cumprir para sempre.” – Sêneca, o jovem.
Vide também:
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https://ideiasesquecidas.com/2019/05/10/o-que-e-antifragil/
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Ideias técnicas com uma pitada de filosofia