
Um progresso lento, mas consistente e focado é melhor que tentativas rápidas e tresloucadas!
Um progresso lento, mas consistente e focado é melhor que tentativas rápidas e tresloucadas!
In Brazil
Definição de Flanador
s.m. Aquele que flana.Classe gramatical: Substantivo masculino
Separação das sílabas: fla-na-dor
Ou seja, perdi o meu tempo, continuei sem entender coisa alguma.
Procurei em outro dicionário, e obtive a mesma resposta. Tentem este exercício no Google.
Lembrei de uma dica simples e efetiva de comunicação, ensinada pelo prof. Auro Honda. Se você está explicando algo e a outra pessoa não entendeu, tente explicar de outra maneira. Não adianta repetir a mesma coisa inúmeras vezes.
Informação
Há 100% de correlação entre “flanador” e “aquele que flana”. Não há nova informação.
Para eu explicar alguma coisa nova a alguém, tenho que usar informação com 80%, 90% de correlação. Ou seja, informação que tenha alguma coisa em comum, mas que também tenha novos elementos.
“Flanador é aquele que gosta de passear”. “Flanador é quem anda por aí sem preocupações”. “Flanador é quem gosta de devaneios”.
Nenhuma dessas definições corresponde a 100% de precisão, mas elas transmitem uma informação nova, e são muito mais claras.
Outra forma de informar é com imagens. O Google imagens ajuda muito nisto. Exemplos de flanadores:
Loop infinito
Informação 100% precisa, correta e inútil:
“Flanador” = “aquele que flana”
“Flanar” = “verbo que indica a ação do flanador”
Arnaldo Gunzi
“Sozinho chego mais rápido, acompanhado chego mais longe” – Clarice Lispector
Tive a honra de conhecer o prof. Luiz Wagner Biscainho, dono de uma inteligência fabulosa e um ouvido supersônico, quando fiz mestrado em Eletrônica na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Ele era especialista em aplicar “provas bimodais”: metade da turma tirava Zero, a outra metade tirava Dez. Acho que ele fazia isto meio sem querer, ou talvez “sem querer querendo”.
É claro que o resultado também era bimodal: ou a pessoa desistia de fazer o curso, ou virava fã do Luiz Wagner.
Como tirar 10 do jeito Luiz Wagneriano
Para tirar 10 numa prova dessas, é necessário buscar além do primeiro “por quê?”. Deve-se perguntar três “por quês?” em seguida, em profundidade, a fim de entender realmente o tema.
Todo mundo tem a resposta para o primeiro “por quê?”. Mas a ideia é prosseguir: “por quê?”. O segundo “por quê?” é mais difícil de responder. E o terceiro “por quê?” é bem profundo, as pessoas não têm a resposta.
Convido os leitores a fazer este exercício. Questionar um passo além do ponto em que normalmente paramos.
Exemplo.
Afirmação: não consigo estudar
Por que não consegue estudar? Porque não tenho tempo.
Por que não tem tempo? Porque trabalho de dia.
E não daria para estudar no ônibus? Ou à noite? Ou de manhãzinha? Ou alocar uma hora por dia para isto? Ou dispensar alguma outra atividade para estudar? Trocar o tempo do Facebook por uma leitura?
Este método dos três “por quês?” na verdade é inspirado no empresário Ricardo Semler, de uma companhia chamada Semco.
Há um método do Sistema Toyota com 5 “por quês”. Mas acho 5 um número grande demais. Três já são suficientes para passar a ideia: questionar além do superficial e entender a essência do problema. E tirar 10 na prova do prof. Luiz Wagner.
Arnaldo Gunzi
O software mais perigoso do mundo…
Li um artigo da revista Forbes* que dizia que Microsot Excel é o “Software mais perigoso do mundo”. É uma brincadeira, é claro. Mas o artigo sustenta que há um certo fundo de verdade.
Diz o artigo que o Excel está em todos os lugares e qualquer um consegue mexer nele. Além disso, este pode gerar planilhas com muita complexidade.
Dezenas de trilhões de dólares no mundo financeiro são manipulados anualmente baseados em análises em planilhas Excel. Planilhas estas que envolvem milhares de cálculos, tabelas copiadas e coladas, com links externos, etc.
O artigo diz que há risco de as pessoas não terem ideia do que estão fazendo. Uma conta errada e pronto: decisões de bilhões de dólares serão baseadas numa planilha furada. Por isso, o perigo. Algumas das ideias para evitar isto são aumentar controles, padronizar processos, auditar trabalhos, etc.
Puro bullshit, na minha opinião.
O software mais poderoso…
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Já fiz alguns trabalhos muito interessantes em minha carreira profissional. Vendo alguns desses trabalhos, de vez em quando algum colega pergunta: “Por que você não abre a sua própria empresa?”
A minha resposta é sempre algo como “não tenho habilidade como vendedor”, “não gosto da parte burocrática”, etc. Mas é tudo mentira.
A verdade é que não tenho coragem para ser um empreendedor. Prefiro a segurança de receber um valor fixo todos os meses ao risco de passar apuros.
Empreendedorismo = Risco
Um empreendimento pode ou não dar certo. Se der certo, é claro que haverão recompensas, como o retorno financeiro.
Mas empreender é extremamente difícil. Seja por falta de habilidade comercial, seja porque o mercado vai contra, ou porque o produto é ruim mesmo, o novo negócio pode dar errado. Empreender significa assumir compromissos com fornecedores e bancos. Significa ter que pagar em dia para os funcionários, sob pena de descumprir pesadas legislações trabalhistas. Significa assumir riscos.
Tenho grande aversão ao risco. E não sou o único. A maioria das pessoas também é avessa ao risco.
Basta ver a grande procura que têm os concursos públicos, por terem atrelado a eles a palavra mágica “estabilidade”, junto com outra palavra mágica: “salário acima da média”.
Herois anônimos
Quem olha a Disney hoje, vê um império multibilionário de entretenimento.
Poucos sabem que Walter Disney quebrou duas vezes, atrasando salários a funcionários, pagamentos a fornecedores, a ponto de ser despejado da própria casa. Disney chegou ao fundo do poço antes de atingir o sucesso. O mesmo ocorreu com dezenas de outros empreendedores.
O Walt Disney que conhecemos atingiu o sucesso, mas quantos Walt Disneys anônimos fracassaram?
Quantas lojas em shopping, restaurantes, imobiliárias, websites, concessionárias de veículos, pequenos negócios, quebram anonimamente todos os dias e nem sequer tomamos conhecimento?
O grande pensador contemporâneo Nassim Taleb chama os empreendedores de heróis anônimos do mundo. São os que colocam a “pele no jogo”. Assumem grandes riscos para trazer para nós as lojas de conveniência, restaurantes, táxis…
Do livro “Antifrágil – coisas que se beneficiam com o Caos”:
Dia do Empreendedor
O empreendedorismo é uma atividade arriscada e necessária para o crescimento ou, até mesmo, para a simples sobrevivência da economia.
Para progredir, a sociedade moderna deveria estar tratando os empreendedores arruinados com a mesma lógica que os soldados mortos…
Meu sonho é que tivéssemos um Dia Nacional do Empreendedor com a seguinte mensagem:
A maioria de vocês fracassará, será desrespeitada, empobrecerá, mas somo gratos pelos riscos que vocês estão assumindo e os sacrifícios que estão fazendo em prol do crescimento econômico do planeta e forçando os outros a sair do problema. Vocês estão na origem da nossa antifragilidade. A nação agradece.
Empreendedores são os que transformam a teoria em prática. É na prática que vemos se uma ideia funciona ou não. Empreendedores são os que assumem riscos e trazem inovação ao mercado. Ao invés de penalizar cada vez mais os empreendedores, os governantes, “intelectuais” e críticos deveriam é dar mais valor a eles.
Para completar, o mestre Peter Drucker:
No ITA, alguns professores chegavam na sala, distribuíam a prova para cada aluno. As instruções: “Vocês têm duas horas para fazer a prova. Coloquem as mesmas neste envelope depois que terminarem”. Depois, o professor saía da sala.Tinha uma professora nova que não acreditava muito nesta história de Disciplina Consciente. E tentou fazer uma pegadinha. Aplicou a prova, saiu da sala, e ficou espionando os alunos.Ninguém colou.Fez o mesmo em outras turmas, e de novo, ninguém colou. A professora passou a acreditar na gente.
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