Como era a vida antes do GPS?

Hoje em dia, aplicativos como o Waze e o Google Maps dizem exatamente em que ruas entrar, quais caminhos a evitar, etc…

Como era encontrar uma rota antes da era GPS? Com o auxílio de um guia de ruas – para os mais novos, uma espécie de “GPS analógico”.

Encontrei o Guia de São Paulo na casa dos meus pais, no final de semana.

Primeiro, dá para notar a data, ano 2000, na capa da edição. Devido à mudança das vias, os guias eram atualizados todos os anos, e tínhamos que comprar outra edição de tempos em tempos.

Para encontrar uma rua, começamos procurando a mesma, no índice, em ordem alfabética.

Digamos a R. Maria Rosa Fernandes, em Taboão da Serra.

Ao lado do destino desejado, temos as coordenadas: 201 Fc.

Vamos até a página 201, e procuramos pelas coordenadas “F” e “c”. E aí temos a rua desejada.

Para traçar uma rota, tínhamos que encontrar a origem no mapa, ir procurando as vias principais e traçando a trajetória até o destino.

Lembro de que tínhamos que estudar o caminho com antecedência. Não é como hoje, simplesmente colocar o endereço e seguir as instruções.

Tínhamos que levar o guia no carro também. Se não soubessemos o caminho, tínhamos que parar para consultar o mapa. Um grande problema era saber onde estávamos exatamente. Tínhamos meio que adivinhar.

Era muito comum parar na rua, e pedir informações para um transeunte qualquer. O famoso “quem tem boca vai a Roma” é muito verdadeiro.

Era similar em relação a transporte público. No mapa, ao longo das ruas, tínhamos as marcações dos ônibus que passavam pelas ruas. Por outro lado, tínhamos também o itinerário dos ônibus. Era bem trabalhoso, principalmente quando numa cidade desconhecida, onde não tínhamos referência alguma. Lembro de ter me perdido totalmente na primeira vez que fui ao Rio de Janeiro, em 2003. O meu destino era Botafogo, fui parar em Olaria!

Esse tipo de conhecimento, dos anos 90, é algo que era de senso comum à época. Vejo que, a cada dia que passa, as novas gerações desconhecem esse passado. Posts como esse geram nostalgia e curiosidade.

Fica o registro histórico!

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