Quando falamos que encontramos a “solução ótima”, esta é com aspas mesmo: todo modelo é necessariamente uma simplificação do mundo real, extremamente complexo e cheio de efeitos de segunda e terceira ordem.
O “efeito gênese” ocorre no início, quando as variáveis ainda não estão “a todo vapor”. É a fase de aquecimento, transitória, e o modelo ainda é jovem demais para aproveitar.
Já o “efeito apocalipse” ocorre no final. Como o mundo do modelo acaba com o fim da simulação, ele tende a otimizar tudo: para de produzir, consome todo o estoque, curte a vida adoidado.
Nem todos trabalhos sofrem com esses efeitos, obviamente depende do caso. São mais frequentes principalmente nos que envolvem o tempo.

Para contrabalancear. No caso da gênese, começar com variáveis iniciais próximas ao estável – ou deixar rodar por alguns períodos e desprezar esse começo. No caso do apocalipse, a mesma coisa: ter restrições contrabalanceando o mínimo de variáveis, e/ou deixar ele rodando por um tempo e desprezar os períodos finais.
Quando a gente constrói um modelo e manda otimizar, ele otimiza mesmo, e encontra furos que não fazem sentido na vida real. Boa parte do trabalho é ficar fechando esses furos lógicos.
Fica a dica.
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