De uma avó: Quando as crianças (netos) chegam em casa, acaba o sossego e começa a alegria. Quando elas partem, começa o sossego, porém, acaba a alegria.
Porque reinventar a roda:
O que não consigo criar, não consigo entender – Richard Feynman, brilhante físico americano.
Bondade x Castigo
Vi uma pessoa lamentando: “Sempre fui tão bondosa na vida, porque sou castigada com tantos infortúnios seguidos?”
Ora, se a pessoa é realmente bondosa, ela deveria estar fazendo bondades a fundo perdido, de coração, sem esperar nada em troca. Se ela faz essas bondades esperando recompensas, ela não faz por bondade, e sim, por interesse. E se ela cobra o Deus dela pelo favores, ela o está chantageando, não diferente do mafioso italiano que cobra favores de suas vítimas.
Gamificação = Inutilidade.
Vi um sistema que gamifica a participação das pessoas. A cada vez que a pessoa faz login, ganha pontos. A cada curtida, pontos. A cada comentário, pontos. A cada quiz correto, pontos. E para que servem os pontos? Para ter a chance de trocar por alguma inutilidade, como uma camiseta com o símbolo do programa, ao acumular milhares desses pontos.
O pessoal de marketing dá a este tipo de coisa o nome “gamificação”.
Será que só eu acho gamificação uma besteira?
Pessoas respondem a incentivos. Quem mais responde ao incentivo são aqueles que se prestam a “vender” o seu tempo por uma camiseta no final – inserindo um monte de ruído no sistema. Tal programa está cheio de comentários inúteis, como “Gostei”, “Muito bom”, “Excelente”, “Achei maravilhoso”, só para quem postou ganhar pontos.
A gamificação tem o efeito contrário do que deveria. Atrai os jogadores de vídeo-game, e com isso afasta aqueles que realmente querem agregar valor. É uma bestificação.
Se o cérebro fosse tão simples que pudéssemos entendê-lo, seríamos tão simples que não o entenderíamos.
If the human brain were so simple
That we could understand it,
We would be so simple
That we couldn’t.
Emerson M. Pugh, físico, no livro “The Biological Origin of Human Values”.
Nota: “Ditirambos de Dionísio” é o nome de uma série de poemas do filósofo alemão Friedrich Nietzsche. O termo “Ditirambos” se refere a cânticos, e Dionísio, o deus do vinho, da loucura, do desordem.