Dois lenhadores, um fortão e um velhinho sábio, fizeram uma competição para ver quem derrubava mais árvores.
O fortão ficou o tempo todo firme nas machadadas. Não parava de trabalhar. E, vira e mexe, olhava para o lado, e lá estava o lenhador velhinho parado, como se estivesse descansando.
No final das contas, o velhinho ganhou. “Como?”, o fortão pensou?
“É que eu não estava parado à toa, eu estava afiando o machado“, respondeu o mesmo.
Moral da história: De tempos em tempos, temos que parar para afiar o machado.
Aos dois lenhadores da história, acrescento um terceiro, o lenhador acadêmico.
Este lenhador, ouvindo a história acima, partiu para uma outra estratégia.
Desafiou o lenhador sábio, e lá foi ele competir.
O lenhador velhinho alternava o trabalho de cortar a madeira com o ato de afiar o machado. Já o lenhador acadêmico ficou 80% do tempo disponível afiando o machado. Quando ele finalmente foi para o trabalho, para cortar a primeira tora, o que aconteceu? O fio do machado se quebrou, de tão desgastado que estava, e agora o machado estava cego. O lenhador acadêmico perdeu não só do sábio, mas do fortão trabalhador também, na verdade, não produziu uma única tora.
Moral da história: Afiar demais o machado também é ruim.