Recebo um informativo semanal por e-mail, que é mais ou menos assim:

Acontece que clicar no relatório abre um pdf. Isto pode demorar, dependendo da conexão. E, muitas vezes, quando recebo e-mail estou no celular. Não vou gastar o plano de dados do celular para abrir um pdf que é péssimo para ser visualizado na tela pequena de um celular.
Ou seja, quase nunca vejo o informativo.
Enviei uma pergunta para os editores do informativo.
“Por que vocês não incorporam o conteúdo do relatório no e-mail? É muito mais fácil para abrir e ler. Não precisaria clicar em nada.”A resposta foi assim: “É que quando o usuário clica no link, conseguimos monitorar quantas pessoas estão lendo o relatório”.
Ou seja, é mais importante para eles contar o número de pessoas do que fornecer um conteúdo direto, transparente. O foco deles está em si mesmos, não está em facilitar a vida e prover um serviço útil ao usuário.
Um clique de distância pode parecer pouco. Mas é bastante coisa. Significa mais uma barreira a ser vencida, mais tempo carregando, mais memória.

É como chegar num restaurante em que as portas estão fechadas. Temos que apertar a campainha. Por mais que seja simples tocar a campainha, talvez demore para abrir, talvez as portas não se abram.
Steve Jobs era mestre na arte de se preocupar com o usuário. É por isso que o iPhone tem um único botão: simples, enxuto, fácil.
Antes de Steve Jobs, o Design era fazer algo bonito. Depois de Steve Jobs, o Design é fazer algo funcional, para o usuário, além de simples e bonito.

Cheguei à conclusão que não vale a pena perder tempo com o tal informativo, que não se preocupa comigo mesmo.
Arnaldo Gunzi.