Os dois comerciantes
Um conto budista sobre o diálogo de dois comerciantes, o normal e o esforçado, no meio de uma longa jornada para comprar os produtos para revender posteriormente.
Normal: Que trabalhão, ter que atravessar essa montanha imensa, carregando tantos fardos! Queria que a nossa jornada fosse mais simples.
Esforçado: Pois eu queria que a montanha fosse maior, o caminho fosse mais tortuoso, e os perigos maiores.
Normal: Ah é? Mas por que motivo?
Esforçado: Se a jornada fosse mais árdua, menos pessoas se prestariam a tal. Desta forma, os frutos do meu trabalho seriam mais valiosos, e por consequência, a recompensa seria maior!
Leia também: a Associação dos Burros Esforçados.
Hermes e o trabalho
Um conto de Esopo
Zeus, após criar os seres humanos, designou Hermes para ensiná-los a sobreviver de seu trabalho na Terra.
Hermes os levou até Gaia, a Terra, e ensinou-os a labutar.
A Terra, porém, não gostou nem um pouco. Hermes obrigou-a, dizendo que Zeus tinha ordenado. Ela retrucou: podem cavar a terra, mas terão que pagar caro por isto.
Este é o motivo pelo qual temos que trabalhar tanto para sobreviver neste mundo…
Os dois sapatos
Este conto é meu mesmo.
Numa vila, haviam dois sapateiros, um mediano e um excelente.
O sapateiro mediano colocou 10 horas de trabalho para fazer um sapato também mediano: costuras imperfeitas, pés desiguais, pontas sobrando.
O sapateiro excelente fez um sapato excelente: costuras perfeitas, acabamento bem feito, detalhes bem pensados. Utilizou 15 horas para tal.
Um cliente comprou um par do sapateiro mediano e um par do sapateiro excelente, pagando algo proporcional a 10 e a 15 moedas, respectivamente.
O sapato mediano incomodava o pé do cliente, e estava cheio de falhas. O cliente voltou para ajustes ao sapateiro mediano mais três vezes antes de desistir do mesmo – mas no total ele gastou muito mais tempo e dinheiro do que o preço original.
Já o sapato excelente funcionou perfeitamente, sem necessidade de retorno para ajustes. Obviamente, o cliente passou a comprar sapatos apenas com o sapateiro excelente.
Entregar um bom trabalho requer uns 50 por cento a mais de tempo, esforço e concentração do que um trabalho ruim, na primeira vez em que é realizado.
A diferença é que o trabalho ruim vai voltar para ser refeito o triplo de vezes do que o trabalho bom, na melhor das hipóteses.
No final das contas, vale muito mais fazer um excelente trabalho desde o início.
Os contos são maravilhosos. Nos fazem refletir em … “como estamos trabalhando”. Colocar-se no lugar do outro é dever de todos nós (Faça ao outro, aquilo que gostaria que fizessem para você).
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