Havia um homem preso a uma corrente invisível. Era uma corrente leve, fina e muito comprida. Tão comprida que não limitava os movimentos. O homem poderia ir para onde quisesse, sem problemas. Mas ainda assim, estava preso à corrente, e isto fazia com que ele sempre voltasse ao ponto inicial.
O homem bolou um plano. Serrou as correntes invisíveis, criou asas artificiais e saiu voando, rumo à liberdade.
Voando nos céus, o homem pôde ver as pessoas de outra perspectiva. E descobriu a verdade: Assim que ele tocasse os pés no chão e fizesse contato com outras pessoas, ele seria preso a novas correntes invisíveis. Porque todas as pessoas estavam presas a correntes invisíveis!
Arnaldo Gunzi