Durante a última “mega-promoção” da Black Friday, vi muita gente fazendo compras porque “O preço está bom”.
Suponha que os preços estivessem mesmo bons. Mesmo assim, comprar por causa do preço não é uma boa estratégia. O ideal é comprar pelo quanto de valor aquilo agrega. Pergunte-se:
A sua TV antiga ainda cumpre as funções que deveria cumprir? O que a TV nova vai agregar de valor?
A torradeira velha ainda funciona bem? Você vai ganhar tempo ou um pãozinho melhor com a torradeira nova?
Quantas vezes por mês você vai usar a super cafeteira fashion da promoção do black friday?
O maravilhoso aparelho de ciclismo e musculação, que vai ocupar metade da sala, vai ser mesmo utilizado, ou vai ficar esquecido após meio ano?
Para que um aparelho de blu-ray com surround sound, se a maioria do que você vê é no computador?
O que há de valor? Ou é apenas impulso consumista, para satisfazer um desejo de prazer no cérebro? Ou é para mostrar para os outros que você tem?
Quanto mais você gira o seu patrimônio, mais ele diminui. No giro, também tem a taxa de remuneração dos intermediários (lojistas, comerciantes), impostos (e é sempre uma facada) além dos custos de produção. Nunca vai haver lucro girando patrimônio, a menos que você seja um profissional que trabalha com isto, um corretor.
A minha proposta é trabalhar com valor, estando o preço numa faixa aceitável.
Se a TV quebrou ou já está dando problemas demais, aí sim, vamos para outra. Não importa o preço.
Se uso continuamente e me dá um prazer terrível a cafeteira, aí sim, vamos comprar . Não importa o preço.
Se vou realmente usar por um ano inteiro o aparelho de musculação, cumprindo o plano que tracei de usa-lo das 6 as 7 da manhã nos dias úteis, aí sim, compro. Não importa o preço.
Isto é comprar por valor, e não por preço.