Rifa e networking mal feito

  • Você quer comprar uma rifa, Arnaldo?

A pergunta acima é sempre um beco sem saída… a gente não quer comprar, quem está vendendo não quer vender (foi obrigada ou está precisando de dinheiro), e a chance de ganhar o prêmio tende a zero.

Lembro de uma ocasião curiosa, em que a tenebrosa pergunta acima foi feita. Foi no segundo grau (ensino médio). O curioso é que o vendedor de rifas era um colega que nunca tinha me dado “bom dia”, e sequer trocado uma palavra comigo.

Comprei um número qualquer, por educação. Óbvio, não ganhei no sorteio. Depois deste evento, o sujeito acima voltou ao modo default de fazer de conta que eu não existia – mas também nunca mais tentou vender.

O aprendizado aqui: faça networking quando NÃO precisa. Fale com pessoas diferentes para conhecê-las, compre balas e distribua, marque almoços com pessoas interessantes sem pedir nada em troca.

Se for fazer networking só quando precisar, vai ser como o colega acima: esquisito e claramente com interesses financeiros.

Ou, como já dizia o grande filósofo Immanuel Kant: utilize as pessoas como fim, e não como meio.

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