Recentemente, comprei um Raspberry Pi 3, com a ajuda do amigo Wagner Gurgel, e gostaria de compartilhar a experiência e usos possíveis.
O Raspberry é como um mini-computador, basicamente só uma placa. Todo o resto, teclado, mouse, monitor deve ser providenciado à parte, assim como cartão SD para instalar o sistema operacional. Em geral, qualquer teclado e mouse com porta USB funciona, e monitor ou televisão com entrada HDMI.
O jeitão do rasp é como o da foto abaixo. Cabe na palma da mão.

Como não tenho monitor sobrando, utilizo a televisão mesmo, para usar o rasp – também descobri que dá para acessar o mesmo remotamente, via SSH ou utilizando tipo um acesso remoto. O rasp 3 também tem wireless, isso é um recurso bem interessante.
É como se fosse realmente um pequeno computador, e um dos usos possíveis é exatamente este: um pequeno computador.

Ser um computador extra já é útil no meu caso. Tenho três filhas e a maior tem um notebook velho (com Linux porque Windows em computador velho é doloroso demais). Já a do meio, que está crescendo, vira e mexe tem que ou esperar ou pegar emprestado algum dos notebooks de casa, para fazer lição. O rasp é útil neste caso.

Alguns outros usos possíveis: como central multímidia, para ficar tocando músicas ou algum filme. Ou como uma espécie de servidor, para realizar tarefas periódicas. Ou para diversos projetos do tipo do-it-yourself, onde há inúmeros tutoriais pela internet.
Quem é muito aficcionado por eletrônica vai adorar.
Eu fiz segundo grau técnico em Telecomunicações, nos anos 90, e tinha muita eletrônica envolvida: protoboard, resistores, capacitores, transístores, multímetros… viagens à Rua Santa Efigênia, em São Paulo, para adquirir componentes… bons tempos.
Lembro que o trabalho final de uma das matérias era fazer algum projeto completo, incluindo a placa e soldar os componentes, e testar. O meu grupo pegou uma daquelas revistas do tipo Eletrônica Total, e escolhemos um bloqueador de DDD. Era muito muito primitivo, só funcionava naqueles telefones de disco antigos.
Isso porque o telefone de disco tinha um funcionamento extremamente simples. Se o 8 era discado, o telefone enviava 8 pulsos, por isso, era relativamente fácil detectar o número discado, e era a partir disso que funcionava o circuito. Dedicamos um bom tempo montando o trabalho.
O resultado final foi mais ou menos bom. O projeto funcionava parcialmente. Às vezes funcionava, outras não… o suficiente para passar de ano. Porém, foi muito divertido e extremamente didático.
O último uso do rasp é aprendizado. É extremamente didático. Recebemos uma placa só, e aí, montar o case, colocar os periféricos, tudo isso é opção nossa. Além disso, é um computador pequeno e com limites. Hoje em dia, os recursos computacionais são tão vastos que a gente esquece que memória tem limites e processamento é um recurso escasso.
É muito legal, recomendo para os curiosos e amantes de eletrônica!