Navegar é preciso

De todos os trabalhos que fiz, uns 50% não serviram para nada – só para gastar tempo e energia.

Outros 30% até serviram para alguma coisa, mas não tiveram impacto.

Já os 20% restantes, estão rodando até hoje, com grande impacto. É como se fossem a descoberta de uma nova rota para as Índias, em meio à tantas tentativas em vão.

É impossível saber, a priori, qual trabalho dará resultados. Um projeto promissor pode dar em nada – cometemos erros, ou não temos a competência necessária, ou simplesmente não é o momento dele. Por outro lado, um trabalho menor pode gerar inúmeras oportunidades. Só saberemos a posteriori.

O caminho é sempre fazer o melhor trabalho possível: transformar os projetos ruins em aceitáveis, os aceitáveis em memoráveis. Mesmo assim, sempre haverá os que não darão certo, e aí, bola para frente.

Depois, tratar com bastante carinho e orgulho aqueles que melhor performaram.

No fim do dia, podemos nos perguntar: Valeu a pena?

Fernando Pessoa tem a resposta:

Tudo vale a pena se a alma não é pequena.

Quem quere passar além do Bojador,

tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

mas nele é que espelhou o céu!

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