Presenciei uma cena dos tempos modernos, hoje, numa banca de jornais na Av. Paulista:
- Oi, você tem jornal?
- É para cachorro? Tenho sim.
Hoje em dia, o papel do jornal tem mais demanda do que o jornal em si…

Eu mesmo, faz uns três anos que não compro um jornal. Eu estava lá na banca para recarregar o Bilhete Único de transportes.
Outrora, há não tanto tempo atrás, jornais eram uma fonte importante de informação. Quem controlava o jornal controlava a informação.
Vários impérios se formaram em torno de jornais.
Assis Chateubriand, com o extinto Diário de São Paulo e outros, dominava a cena nos anos 1940.
Adolpho Bloch, da revista Manchete.
Roberto Civita, que controlava o grupo Abril, hoje vendido por valor simbólico e dívidas bilionárias.
A família Frias, da Folha de S.Paulo, e a família Mesquita, de O Estado de S. Paulo, jornais também sofrendo fortes golpes da realidade .
No mundo, a mesma coisa. Um exemplo cultural: o filme Cidadão Kane, de 1941, gira em torno de Charles Kane, um poderoso magnata das comunicações.

Hoje em dia, a informação não precisa mais do papel para ser transmitida. Ela é sem fio, na nuvem, escrita com zeros e uns. E o jornal? Talvez o cachorro use!
Ideias técnicas com uma pitada de filosofia:
https://www.valor.com.br/empresas/6034021/familia-civita-vende-abril-e-da-calote-de-r-16-bilhao
https://en.wikipedia.org/wiki/O_Estado_de_S._Paulo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1rios_Associados
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2011/07/110718_magnatas_bg_cc