O fardo que carregamos

Este conto é do folclore do Oriente Médio. As histórias do mulá Nasrudin combinam sabedoria e muito humor. “Mulá” significa “mestre”. Este é sobre os fardos que carregamos na nossa mente.

Um dia, Nasrudin, em sua peregrinação, encontrou um rio enorme que o impedia de continuar o caminho. Dado o tamanho do rio e agitação da água, seria impossível atravessá-lo a nado.

Então, ele juntou tudo o que podia e passou um dia e uma noite construindo uma bela e segura canoa. Na manhã seguinte, a colocou na água e conseguiu chegar ao outro lado sem maiores dificuldades.

Assim que ele estava em terra firme, amarrou a canoa em suas costas e com muito esforço e sofrimento continuou em seu caminho, em direção à floresta, se arrastando para suportar todo aquele peso.

Num momento, um passante o avistou e, curioso, perguntou:
“Senhor, por que está carregando essa canoa em meio a uma floresta?”

Nasrudin respondeu:
“Não posso deixá-la para trás. Ela me ajudou a atravessar o rio. Espero que também me ajude a atravessar a floresta.”

Assim como ilustra a história de Nasrudin, também carregamos as nossas canoas, que foram úteis em algum momento, mas certamente nos seguram no meio de uma floresta.

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