Pavimentos de Concreto e Estruturas de Dados

Há principalmente dois tipos de pavimentos usados em ruas e pátios de estacionamento: o de concreto e o de asfalto.
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Estrada de concreto
O pavimento de concreto é chamado de “pavimento rígido”, porque este é muito duro, não “dobra”. Quando passa um caminhão em cima do piso, por exemplo, ele distribui igualmente toda a tensão na placa de concreto.
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Pavimento asfáltico
Já o pavimento asfáltico é dito flexível, porque ele se deforma ao suportar o peso de um caminhão.
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Pavimentos rígidos constumam ser muito bons, pela sua resistência. Uma vez feitos, duram muito mais que os pavimentos flexíveis, que em poucos anos têm que ser restaurados.
Note que todos os pátios de aeroportos são de placas de concreto. Se fossem de asfalto, um Boing 747 iria afundar no mesmo.
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Placas de concreto são fantásticas, mas têm um ponto fraco. Elas dilatam com o calor e encolhem com o frio.
Se a placa for muito grande, a dilatação – contração vai causar rachaduras aleatórias na placa de concreto. As rachaduras são péssimas, porque vai entrar água pela rachadura e com o tempo vai quebrar o pavimento.

 

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Para evitar isto, os engenheiros fazem as suas próprias rachaduras: as juntas de dilatação.

O pavimento de concreto é feito de placas, que não podem ser muito grandes. Entre as placas, há um espaço para dilatação. Mas não é um espaço vazio, mas sim um espaço preenchido com um material impermeável, evitando assim que a água estrague o piso.

Estrutura de dados
As grandes companhias de hoje têm uma quantidade monstruosa de informação a respeito de tudo: volumes de compras, níveis de estoque, consumo de materiais, produção de cada produto, percentual de rejeição, custos, etc.
E estas também costumam possuir um ERP para conter tal informação, e um setor de tecnologia para tomar conta disto.
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Esta combinação ERP, estrutura de dados gigante parece muito com o piso de concreto: grande, pesado, duro. Certamente a informação vai ser consistente do início ao fim, certamente será muito forte.
Mas certamente também ocorrerão rachaduras. Justamente por ser grande, pesado e inflexível, o ERP não consegue calcular facilmente novos produtos, novos indicadores, novas ideas, ajustes de processo, inovação.
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Essas rachaduras se traduzem em números paralelos, normalmente em planilhas de Excel. Os profissionais de tecnologia costumam odiar planilhas de Excel, que geram uma infinitude de números, indicadores, controles, fora do sistema principal: dois números diferentes para o mesmo indicador, números sem rastreabilidade, etc. Entretanto, não é possível inovar sem agilidade, sem testes, sem amadurecimento de conceitos.
Para se ter uma grande empresa, é necessário um ERP, da mesma forma que um Boing precisa de um pavimento rígido. Mas por maior que seja a empresa, ela precisa de juntas flexíveis: precisa dar poder ao usuário para ele gerar os próprios indicadores, amadurecer e controlar os próprios processos, inovar em sua forma de gerenciar, tudo isso num famigerado e onipresente Excel.
Arnaldo Gunzi

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