Quase todas as pessoas deste mundo já passaram por dilemas sobre o rumo a seguir: é melhor fazer faculdade na profissão que está bombando no momento ou é melhor fazer naquilo que a pessoa gosta?
Muita gente diz que é melhor seguir uma profissão garantida, com poucos riscos. Mas aí, vou ficar para sempre evitando riscos, esperando a aponsentadoria e sonhando com um “o que aconteceria se?”
Outras pessoas assumem a opinião oposta: “Faça o que gosta e o dinheiro virá depois”. É claro que não é bem assim. Posso gostar de fazer esculturas de clipes, ou de colecionar tampinhas de garrafas, mas isto não necessariamente vai ser um sucesso.
Tom Kelley ilustra bem a perseguição deste ponto de equilíbrio, com uma intersecção de três círculos.”O que você faz bem?”, “O que te pagariam para fazer?”, ” O que você nasceu para fazer?”. Admiro muito Tom Kelley, pelo trabalho na IDEO e por vários conceitos de inovação e confiança criativa.
Uma vez, conheci um “artista” que achava que tinha muito talento, mas nem a mídia nem os grandes empresários davam valor ao trabalho que ele fazia. Ele pode até achar que a pintura é o que ele faz bem e nasceu para fazer, mas ninguém o remunerava (justa ou injustamente) por isto.
Como saber se algo é o que você faz bem? Existe um conceito de “fluxo”, que é um estado em que a pessoa fica inteiramente absorta no que está fazendo,e nem vê o tempo passar. É um bom indício.
Como saber se algo é o que você faz bem e nasceu para fazer? Uma forma é a de colocar em prática pequenos projetos. Seja num final de semana, seja ao longo de alguns dias, isto é uma forma de experimentação rápida e barata. Se não der certo, perdeu-se pouco tempo e recursos. Dando certo, e havendo uma satisfação real em atingir estes objetivos, pode-se pensar em projetos maiores.
Feliz é aquele que tem uma grande intersecção: é pago para fazer o que faz melhor, e nasceu para aquilo.
De qualquer modo, o ponto de equilíbrio é algo pessoal, e que deve ser perseguido por cada um.