Sidney Farber era um pesquisador empenhado na cura da leucemia.
No começo do século XX, não se sabia direito o que era esta doença, nem como tratá-la. Só se sabia que o sofrimento dos pacientes era intenso, e que nada funcionava.
Na época descobriu-se que o ácido fólico era importante na reprodução celular.
O que Farber fez? Aplicou ácido fólico nos pacientes com leucemia. Ele achou que o ácido fólico estimularia as células de defesa a se reproduzir e combater a leucemia.
Mas os resultados foram assombrosamente negativos: ao invés de melhorar, os pacientes pioraram muito. Ou seja, ao invés das células boas reproduzirem, a leucemia é que se desenvolveu. Portanto, talvez a leucemia fosse câncer, em que as próprias células do corpo é que sofrem uma mutação e passam a atacar o resto do corpo.
Esta descoberta teve alguns impactos importantes: descobriu-se que a leucemia é um tipo de câncer, e que um bloqueador de ácido fólico, uma “anti-vitamina”, poderia ser útil no combate à doença.
Subsequentes desenvolvimentos deram origem à quimioterapia.
Lembrando uma frase do Grande Mestre Drucker: resultados supreendentes, tanto no lado positivo quanto no negativo, são uma grande fonte de inovações.
Sugestão de leitura: The emperor of all maladies


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