Velho demais? Que tal ser o diretor e o ator principal num filme de Hollywood aos 91 anos?

É exatamente o que faz Clint Eastwood, no belo filme “Cry Macho”.

Ícone dos anos 60, onde protagonizou filmes de Western como o durão imbatível que atirava em dezenas de oponentes e conquistava todas as garotas, Eastwood envelheceu – como todos nós iremos. 

Desde que me conheço como gente, Eastwood já era velho… e não parou de produzir. Em “Gran Torino” ele tinha 79 anos. Dirigiu “American Sniper” aos 84, dirigiu e protagonizou “A Mula” aos 88, e “Cry Macho” aos 91 anos.

“Cry Macho” conta a história de um ex-astro de rodeio, Mike Milo, que é contratado por seu antigo chefe para resgatar seu filho, Rafo, do México e levá-lo de volta para casa nos Estados Unidos. Durante a jornada, Mike e Rafo enfrentam vários desafios e desenvolvem um vínculo inesperado. E o “macho” do título, se refere a um galo de briga que acompanha a dupla.

Eastwood, visivelmente idoso, frágil, faz questão de lembrar a todo momento a sua própria situação.

O protagonista diz, ironicamente, que “a cultura do macho é superestimada”, possivelmente referindo-se a si mesmo: o antigo galo de briga durão, que agora, tendo uma visão panorâmica da sua vida, vê que punhos não resolvem tudo.

Este filme é uma verdadeira prova de que idade é apenas um número, e que nunca é tarde demais para fazer o que se ama.

Entre coisas superestimadas está a lista “Forbes 30 under 30”. Melhor seria uma lista “90 acima de 90” – daqueles que realmente passaram no teste final, que é o teste do tempo.

Arnaldo Gunzi, Fev 2023.

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