Dei uma entrevista à série “Digital minds”, da IBM, que será divulgada em alguns dias.
Foram várias perguntas e tinham outras pessoas na discussão, mas segue uma palhinha, sobre uma das perguntas:
Que sugestões você daria para CEOs e CIOs que pretendam implementar uma estratégia de computação quântica nos negócios?
As principais aplicações possíveis, para todas as indústrias, são: Cibersegurança / Simulação de moléculas químicas / Otimização.
- Cyber: potencial de quebrar a criptografia atual / corrida para adotar protocolos resistentes à ataques de computadores quânticos.
- Simulação de moléculas químicas: é a ideia original de Richard Feynman. Para simular propriedades quânticas dos átomos, porque não utilizar um computador quântico?
- Otimização: problemas presentes em toda indústria, como roteirização de veículos, sequenciamento de produção, matching, trim da máquina de papel
É uma tecnologia disruptiva em futuro visível. E está havendo uma corrida para desenvolver melhores e maiores computadores. Ex. China X EUA.
Um dia a computação quântica vai se tornar tão relevante quanto IA é hoje.
Vejo dois maiores riscos, em paralelo com o que vem acontecendo com a Inteligência Artificial nos dias de hoje: 1) Falta de especialistas no mercado e 2) Aplicações que dizem usar IA mas que não geram valor real.
Para tal:
1) Já começar a preparar times internos que entendam do tema e que dominem os problemas do negócio. Ter pessoas minimamente antenadas no que vem acontecendo.
2) Ter em mente que vai demorar muitos anos para colher resultados, mas que sem o patrocínio das empresas atuais será muito difícil conseguir.
Para dar uma ideia do potencial, anotei alguns números deste relatório da McKinsey.
O tamanho do impacto na indústria farmacêutica $200 bilhões. Em Telecom, $50 bilhões.
Quem conseguir se preparar vai ficar à frente das outras.
