Alguns aforismos ditirâmbicos de Nietzsche

Eis o meio para transformar em ouro, aos olhos dos outros, o seu dever de ferro: cumpra sempre mais do que promete.

Todo desfrutador acha que para a árvore, importa o fruto, mas a ela importa a semente. Eis aqui a diferença entre cuidadores e desfrutadores.

Com frequência salto degraus quando subo, coisa que os degraus não me perdoam. Quando chego em cima, sempre me encontro só, porque o topo é para poucos.

É bom exprimir algo duas vezes, dando-lhe o pé direito e o esquerdo. A verdade pode se sustentar em uma só perna, mas com duas ela andará e circulará.

Quereis o conforto? Pois bem, escolhei o rebanho.

É preciso ter ainda caos dentro de si para poder dar à luz uma estrela dançante.

Eu amo aquele que não busca razões para viver, mas vive porque ama viver.

Tornar-se livre é um trabalho de gigantes.

Fontes: “Humano, demasiadamente humano” e “Assim falou Zarathustra”, de Friedrich Nietzsche.

Nota: “Ditirâmbicos” refere-se à Dionísio, ou Baco, o deus do vinho e do caos, do qual Nietzsche se dizia discípulo.

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