​ Ofurô no deserto e termas no gelo

Duas histórias de paradoxos que vi em viagens que fiz.

Ofurô no deserto
Eu já me deliciei com um banho de ofurô (uma banheira de água muito quente) no meio de um deserto, a uma temperatura do ar de 45 graus.
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É paradoxal, mas é verdade.
Em 2010 eu estava em Omã, viajando a trabalho. Omã é um país vizinho da Arábia Saudita, e cruzando o golfo, dava para visitar o Irã.
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Omã era um país de beduínos nômades do deserto, até o dia em que descobriram que estavam sentados sobre um poço de petróleo gigante.
Desde então, são beduínos ricos.
Fiquei num hotel bastante luxuoso na cidade de Muscat. Este hotel tinha um complexo de piscinas (não entrei nas mesmas, por conta da história deste link). Ou seja, o recurso escasso do deserto, água, nas piscinas de turistas.
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A temperatura do ar era de uns 45 graus. Chove 3 dias por ano em Omã, e por isso as ruas nem têm sistema de drenagem.
Andando uns 5 km estrada adentro, tem-se uma imagem como esta, apenas para comparação:
https://i0.wp.com/www.keithlane.com/userimages/Oman-11-Yitti-road-3770a.JPG
Mas, embora a temperatura fosse muito elevada, o luxuoso hotel em que fiquei era climatizado, e eles colocavam o ar a uns 12 graus celsius. É até gostoso sair do deserto e entrar no friozinho, mas, não muito tempo depois, chegamos ao paradoxo de passar frio no deserto a 45 graus.
O quarto em que fiquei tinha uma banheira, tipo um ofurô. E, dado que estava muito frio dentro do quarto, não tive dúvidas: enchi a banheira de água quente e fiquei ali por um bom tempo, pensando no paradoxo de eu estar gastando dezenas de litros de água no deserto, tomando banho muito quente num quarto muito gelado num ambiente externo pelando de quente. Um autêntico paradoxo do pretérito imperfeito complexo da Teoria da Relatividade, como diriam os Mamonas Assassinas.

Termas no gelo
Na cidade de Chillian, no Chile, há um termas.
O aeroporto mais próximo fica em Concepcion, ao sul de Santiago. Duas horas de carro depois, fica a cidade de Chillian, e mais uma hora montanha acima, no começo da cordilheira dos Andes, chegamos ao local.

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Neste lugar, há um parque de águas quentes, vulcânicas (tem um vulcão por ali, dava para ver uma fumacinha).

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Onde é possível tomar um banho de águas termais, no meio da neve.

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Este local é extremamente bonito. Dá para esquiar, no inverno. Ou aprender a esquiar, em pistas mais fáceis para iniciantes. E a neve, por si só, é hipnotizante.

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É similar ao que nem eu vi no Nat Geo, um termas no gelo frequentado por macacos, no Japão.

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Parece que está muito bom…

 

O mundo é grande. E só se vive uma vez…

 

 

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