Sempre achei o prêmio Nobel chato, totalmente fora da realidade, às vezes utópico, outras totalmente inútil. Por exemplo. Alguém se lembra de quem ganhou o prêmio de Economia ano passado? E quem ganhou o da Paz? O Obama? Não, ele ganhou em 2009.
Mas, este ano, vou citar o Nobel duas vezes. Um para o de Economia, que merece um post à parte. E o outro, é o de Literatura.
O prêmio de Literatura
Este post é sobre Bob Dylan, prêmio Nobel de Literatura. Sou grande fã de suas músicas.

Costumo ouvir suas músicas quando tenho que fazer algum trabalho altamente criativo. Ao ouvir, me sinto numa viagem alucinante num mundo psicodélico. Pode-se dizer que 50% dos posts daqui foram escritos ao som de Dylan.

Não tenho ideia do que ele escreveu em Literatura, nem a qualidade do que escreveu. Muito menos se merece um prêmio desses, que é de Literatura.
Mas tenho certeza que prêmio para Dylan vai trazer o mundo do Nobel para mais perto da realidade das pessoas comuns. O Nobel, até hoje, dava a impressão de ser um comitê de velhotes acadêmicos que faziam trabalhos sem sentido. O Nobel parecia premiar somente cientistas malucos que pesquisaram a bactéria do nariz da barata tropical. Mas um prêmio desses deve ser muito mais que isso, deve ser algo que inspire as pessoas e seja útil no cotidiano.
O objeto afere a régua
Um régua serve para medir o tamanho de um objeto. Mas, como diz o filósofo / economista Nassim Taleb, às vezes o objeto pode servir para avaliar a qualidade da régua.
Paradoxalmente, o Nobel para Dylan vai ser melhor para o Nobel do que para Dylan (que já ganhou tudo o que é possível em música).
Já que o comitê do Nobel abriu a cabeça, sugiro dois nomes para o de Literatura do ano que vem:
- Neil Gaiman, pela série Sandman
- Alan Moore, pela série Watchmen
Detalhe: ambas são histórias em quadrinhos.