Um cientista estava mostrando um fato curioso. Quando ele passava eletricidade por um fio enrolado, uma agulha de metal era atraída para este fio.
Um sujeito na plateia perguntou: “Qual a utilidade disto?”
O cientista respondeu: “Qual é a utilidade de um recém-nascido?”
E qual a utilidade de um fio elétrico atrair uma agulha?
Este simples fato curioso tem raízes muito profundas: a possibilidade de conversão entre forças elétrica e magnética. Isto deu origem a uma tremenda revolução na eletricidade. Eletroimãs funcionam assim, acionando ou desativando a eletricidade, e portanto, o imã. Já as usinas hidroelétricas fazem o contrário: a força da água movimenta turbinas geradoras, que distorcem um campo magnético, gerando eletricidade do outro lado. Milhares de aplicações surgiram da evolução de ideias recém-nascidas que, no começo, eram apenas curiosidades.
Nem tudo tem uma utilidade imediata. Um projeto novo pode ter um tempo de maturidade grande, e não deve ser cobrado como se cobra algo já bem estabelecido.
“Todo novo projeto é um recém nascido e pertence ao berçário”, diz o Mestre Peter Drucker, no livro The Daily Drucker.
Arnaldo Gunzi
Ago 2015